2 de nov. de 2008

Entrevista com a banda DYF

“Com 4 anos de existência a banda DYF evoluiu de um projeto colegial dos irmãos Stinglin (João e José Tadeu) para um grupo que começa a chamar atenção nas fileiras do rock independente mineiro. Com uma sonoridade que nos remete ao Skate Rock e ao Hardcore melódico dos anos 90, a banda DYF tem por proposta unir a energia e a pegada do rock com as mais variadas influências de cada integrante. Ávner (vocal), Zé (baixo), Lucrão (guitarra), Dicroizz (guitarra) e Estilingue (bateria) trazem em cada música a força e o coração, características primordiais do verdadeiro Hardcore. A banda acaba de gravar seu primeiro EP denominado “Novo Norte” que vem para celebrar uma nova fase na história da banda. Fase essa aonde os integrantes demonstram mais maturidade e compreensão em relação ao rumo que pretendem dar aos seus caminhos e conseqüentemente à banda.“Novo Norte” traz 6 faixas que prometem chamar a atenção de todos os admiradores do estilo, com letras que são frutos das reflexões diárias da banda (passando principalmente mensagens positivas como esperança, fidelidade aos verdadeiros sentimentos e espírito de luta) e melodias contagiantes e bem trabalhadas. A banda DYF traz ao mundo uma “nova velha” proposta sonora que promete no mínimo fazer barulho, fazer muito barulho”.

(extraído de www.myspace.com/bandadyf)


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Perguntas por Coletivo Uberlândia Hardcore – UdiHC.

Respostas por Banda DYF – DYF.


1)Embora seja uma pergunta clichê, porém, necessária para atender a nossa curiosidade, como surgiu a banda e qual o significado do nome da mesma?


O DYF nasceu em 2004, tendo em sua primeira formação: Zé (baixo e voz), João (bateria) e Vinícius (guitarra). O power trio era a realização do desejo que Zé e João alimentavam desde pirralhos: ter uma banda juntos. A galera que beirava os 16 anos não almejava nada além de tocar seus covers de Dead Fish, Bad Religion, Gritando HC e outros, apenas por diversão. A banda passou por várias mudanças em sua formação e, somente no final de 2005, com a entrada de Ávner e Dicroiz, a parada começou a ganhar solidez e encontrar a sua própria identidade. Muita água rolou até que em março deste ano a formação se fez completa com a entrada de Lucrão na segunda guitarra, durante o processo de gravação do nosso primeiro EP “Novo Norte”.

O nome DYF (que por sinal não tem muito segredo), vem de “DIFerente”. Se quiser saber de onde veio esse Y, esquece! Nem mesmo a gente sabe responder hehe.


2)Quais são as influências gerais que “refletem” na confecção tanto das melodias quanto das letras?


Temos como maior influência sonora bandas tradicionais de hardcore melódico dos anos 80 e 90, além de toda a diversidade do rock. Nossas letras representam o que sentimos e achamos que deve ser dito. Sem mais delongas, nossas influências líricas são as nossas próprias vivências, que encontram em cada música o reflexo de um momento em nossa história enquanto indivíduos, enquanto amigos e enquanto banda.


3) Para vocês o que seria uma “nova velha” proposta sonora?


A nosso ver, música que não deixa dúvidas quanto às suas origens, mas não vive só de passado. Que hora alguma esconde seu pezinho no hardcore e ainda sim possui assinatura própria, sendo inovadora em seu estilo, destoando nesse universo homogêneo de bandas da nova geração.


4) O primeiro EP de vocês – denominado “Novo Norte” – é, no mínimo, enérgico e cativante. Quais os sentidos que vocês imprimem ao título do EP? Por acaso há relação com a sensação de que, nestes tempos conturbados, precisaríamos de “novos nortes”, novas perspectivas?


O título do EP (que também dá nome a quinta faixa do disco) reflete uma fase em nossas vidas em que a maturidade começa a aflorar. Sonhos e planos foram repensados e avaliados, tomando outros sentidos. Mudanças pouco a pouco nos levaram a um novo rumo, onde o silêncio e a prisão de nossos pensamentos se quebram lentamente.

Novas perspectivas são pertinentes em meio ao caos da vida moderna, com certeza! Esperanças nos fazem enxergar um “Novo Norte”.


5) Como vocês avaliam a recepção do EP? Sabemos que a banda já tocou em eventos heterogêneos, desde eventos no âmbito da cena hardcore/punk local até eventos de maior envergadura, tal como o Festival Jambolada. Como vocês lidam com estas diferenças de “públicos” e “eventos”?


A recepção tem sido mais do que positiva. Ficamos muito felizes e satisfeitos com o resultado do trampo, que de fato abriu várias portas para a banda. A sensação de ver a galera cantando junto nos shows é inexplicável. E por falar em “shows”, quanto a isso não temos o que reclamar do ano de 2008. Fizemos várias apresentações inesquecíveis, tocamos pela primeira vez na capital do estado (Belo Horizonte) e participamos de dois grandes festivais da cidade: “Festival Jambolada” e “Festival UDI Rock Scene”.

Pensamos que o ser humano tem que saber lidar com o “novo” e com as diferenças. Isso resume o nosso desejo de tocar cada vez mais em lugares diferentes, pra pessoas diferentes.


6) Liricamente, temos “mensagens positivas como esperança, fidelidade aos verdadeiros sentimentos e espírito de luta”. “Individualismo é a palavra da vez”, “vencer”, “vida sem cor” e “semblante e coração não se completam” são fragmentos escolhidos, propositalmente, das letras de vocês que revelam muito daquelas “mensagens”. Levando em consideração a boa construção das letras, como vocês encaram o “rock independente” e o “hardcore melódico”? “O que nos forma e o que nos liberta”, talvez, possa ser considerado enquanto umas das intenções da banda?


O cenário de “rock independente” abrange uma variedade enorme de estilos musicais que, atualmente, se comunicam com facilidade e compartilham muitas vezes os mesmos espaços. A tolerância é cada vez mais trabalhada no público, através de eventos e festivais, hoje freqüentes, que misturam vários estilos, dando oportunidade e espaço para quase todas as vertentes do rock. O moribundo “hardcore melódico” (gravemente ferido pelas bandas “EMO dos anos 2000”) entre outros estilos como o metal, estão inseridos nesse contexto, mas ainda não desfrutam de um grau de entendimento sequer parecido com o obtido pelo “indie rock” ou pelo “rock instrumental”, por exemplo. O fato é que o hardcore melódico sofre certo preconceito e é constante e grosseiramente confundido com o “EMO”.

Outro ponto negativo é o fato do hardcore ser encarado, na maioria das vezes, apenas como um estilo musical, livre de ideologias e posturas. Nesse sentido, eventos como o “Uberlândia Hardcore” são de grande valia para o resgate da cultura “hardcore/punk” no Brasil.

Essa frase “o que nos forma e o que nos liberta” fala sobre sinceridade e é algo que pregamos sim. Ao assumir o que nos forma, conquistamos a liberdade para ser o que realmente somos.


7) Digamos que vocês já alçaram alguns vôos, pois, já têm um EP lançado. De agora em diante, quais são as pretensões da banda?


Poxa, muita coisa!

Ainda estamos organizando nossas idéias para 2009, mas já temos algumas novidades para o fim deste ano, como o lançamento de dois singles virtuais e um vídeo de divulgação da banda. E o mais legal: dia 29/11 tem o lançamento da coletânea “GANG FRIENDS SIN FRONTERAS”, projeto do selo JONDOGO RECORDS, de Lima (Perú), do qual o DYF vai participar, em meio a bandas de toda a América do Sul, representando o Brasil ao lado das conterrâneas NITROMINDS e GRITANDO HC entre outras. Mais informações em: http://www.myspace.com/jondogoproducciones.


8) Qual a avaliação de vocês quanto ao “1° Uberlândia Hardcore”?


Falando como colaboradores, banda participante do evento e público, só temos a dizer que a proposta é do caralho. Como foi dito acima, sem demagogia:

“eventos como o “Uberlândia Hardcore” são de grande valia para o resgate da cultura “hardcore/punk” no Brasil.”

Esperamos que tudo corra perfeitamente e que a proposta seja cumprida à risca.

E tomara que o Surfcore volte à ativa!


9) Agora o espaço é de vocês. Falem o que quiserem!


FODAM-SE OS ANÔNIMOS! hehe

Queremos agradecer pela atenção e cuidado dedicados à construção das perguntas, nas quais fica evidente o interesse em valorizar o trabalho das bandas locais. Obrigado por conferir e estudar tão bem as nossas músicas.

DYF agradece pelo espaço.

Valeu galera, nos vemos no dia 09!

=)

DYF - Sem cor

Faz parte de Você!

Tente uma vez quebrar o que foi feito pra desvincular conduta e intenção

Semblante e coração não se completam

já nem se tocam

e o desejo puro implora o seu lugar na retórica daqueles que ainda sonham encontrar a paz

Meus pensamentos que não param de gritar me fazem ver que a cada instante de silêncio permaneço em meu lugar

Vida sem cor

agir por medo de não ser igual ao que alguém sonhou

vou me esquivar, esconder de mim mesmo e do que realmente acreditar

parece certo pois te mantém aqui entre os que te cercam

e sobre o que é sincero?

Encontro apenas alguns retalhos espalhados pelos cantos

pensamentos, sentimentos, desejos e opiniões.

O que nos forma e o que nos liberta.

2 comentários:

Anônimo disse...

boa entrevista.

legal o esquema do peru.

Unknown disse...

SURFCORE vai rolar.
vai ser lindo!